A importância da prática esportiva para pessoas com deficiência
Alguns dos benefícios promovidos pelo esporte são ganhos de confiança e auto-estima.
É mais que comprovado que praticar esportes com regularidade traz inúmeros benefícios para a saúde física e mental dos praticantes, além de melhorar a qualidade de vida. Para as pessoas com deficiência, praticar esportes pode representar muito mais que saúde.
Praticar atividade física tanto por competitividade quanto por diversão pode trazer ao indivíduo benefícios físicos e psicológicos.
Físicos:
Agilidade, equilíbrio, força muscular, coordenação motora, resistência física, melhora das condições dos aparelhos circulatório, respiratório, digestório, reprodutor e excretor; velocidade, ritmo, possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição, prevenção de deficiências secundárias, promoção e encorajamento do movimento, desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária, entre outros.
Psíquicos:
Melhora da auto-estima, aumenta à integração social, redução da agressividade, estímulo à independência e autonomia, experiência com as possibilidades, potencialidades e limitações, vivência de situações de sucesso e de frustração, motivação para atividades futuras, desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas, entre outros.
É imprescindível respeitar as limitações, adequando modalidades e objetivos pessoais. É preciso haver acompanhamento e muita atenção na hora de executar um movimento. É necessário respeitar todas as normas de segurança, evitando novos acidentes e o mais importante, estimular sempre o desenvolvimento da potencialidade individual.
No Tênis de mesa os deficientes físicos como o lesado cerebral, lesado medular, amputados ou portador de qualquer tipo de deficiência física pode-se participar desta modalidade esportiva, onde as provas são realizadas em pé ou sentado. As provas podem ser realizadas em duplas e individuais, sendo a classificação de acordo com o nível de deficiência. As regras sofrem poucas modificações, em relação ao tênis de mesa convencional.
Um dos benefícios desta modalidade, o Tênis de Mesa, é desenvolver a coordenação motora, reflexos, velocidade de raciocínio e habilidade, características de imensa importância para o portador de deficiência que geralmente apresentam algum tipo de déficit ou alterações neuropsicomotoras.
Outros benefícios importantes do tênis de mesa é a exigência de um comportamento disciplinar durante as aulas, onde destacamos a necessidade da concentração, o raciocínio (auto-correção), a perseverança, o domínio emocional, durante os treinamentos. É um esporte individual a aluno precisa conhecer a si mesmo, trabalhando os fatores como a auto-estima e motivação, mas é praticado em um ambiente de equipe, trabalhando também fatores interpessoais, o respeito ao próximo, a sociabilizarão entre os alunos e com o próprio professor.
Dr. Renato Augusto Durante
CREFITO3: 81409-F
Especialista em Terapia Manual/Osteopatia
Especialista em Acupuntura
Fisioterapeuta da AJTM


Dagoberto Alasmar, cadeirante, vítima de poliomielite aos três anos de idade, hoje, aos 40, fala dos benefícios do esporte e em especial do tênis de mesa em sua vida: – “… Eu tenho uma história de vida ligada ao esporte, já fiz natação, xadrez e basquete, sem nunca ter recebido qualquer tipo de apoio da prefeitura ou de qualquer outro órgão com programa assistencial; quando conheci a Daniela, técnica da AJTM, através do interesse dela em apoiar e levar o deficiente para o esporte, depois de vários convites, resolvi aceitar e, foi mais um grande acerto na minha vida”. “Quando iniciei a prática do tênis de mesa, eu estava fazendo tratamento de bloqueio da dor no ombro devido um problema na cartilagem – típico de deficiente – e também fisioterapia, com a prática do tênis de mesa, algum tempo depois, não mais precisei desses tratamentos que foram substituídos pelo esporte”.
Caio Bacaicôa, 23, vítima de acidente automobilístico aos 17 anos, também é cadeirante e trocou o sedentarismo pelo tênis de mesa. “Apesar de superados os traumas e da aceitação da nova realidade de vida, fiquei muito sedentário”. “No final do ano passado conheci a Dani através de outros cadeirantes que já treinavam e, apesar da indecisão inicial, comecei a praticar também. “O tênis de mesa estava sendo uma experiência muito positiva, eu diria renovadora… o esporte faz bem ao físico, ao psicológico e ao social”. “Infelizmente, os treinos foram interrompidos logo no início da nova administração pública e ainda não sabemos o rumo que o esporte para o portador de necessidades especiais irá tomar”, desabafou Caio.
