Integrante da Seleção Brasileira há mais de quinze anos, Thiago Monteiro é o representante Latino-Americano na Copa do Mundo que será disputada cidade belga de Verviers, entre os próximos dias 25 e 27 desse mês.
Comparando a outros, Thiago é o jogador com uma das menores distâncias para viajar para participar do torneio. No entanto, viagens longas não são novidades em sua carreira e a distância nunca foi um problema.
O atleta de estilo ofensivo, que tem uma poderosa mão direita, reside na França e representa Bayard Argentan no Pro A da Liga francesa. A cidade fica a cerca de 350 milhas de Verviers, distância pode ser percorrida de carro em cinco ou seis horas.
Percurso de retorno é um pouco diferente
O calendário nacional, porém, não tem conspirado a seu favor. Thiago Monteiro deve viajar para a cidade de Bento Gonçalves para participar do Campeonato Brasileiro, que começa na terça-feira, dia 29 de outubro.
Bento Gonçalves está na região sul do país, aproximando-se da fronteira do Uruguai. Thiago Farias Monte Monteiro nasceu no dia 15 de junho de 1981, em Fortaleza, a capital do Ceará, no nordeste brasileiro.
Thiago foi apresentado ao Tênis de Mesa por seu pai, que também é treinador, e até 12 anos de idade praticou também futsal. Na verdade, no futsal, uma variante do futebol jogado em recinto fechado, com cinco jogadores em cada equipe, ele ganhou dois campeonatos estaduais.
No entanto, depois de conquistar seu primeiro título de Tênis de Mesa do Brasil, em 1993, ele decidiu dedicar-se exclusivamente ao esporte. Em 1995, competiu no Campeonato Sul-Americano e ganhou o ouro no Individual, passando a integrar oficialmente a Seleção Brasileira a partir de 1998.
Em 2004, na cidade chilena de Valvidia, e quatro anos depois, em Santo Domingo, Thiago conquistou o título Individual no Campeonato Latino-americano e fez sua estreia no Campeonato Mundial de Eindhoven, em 1999. Quando competiu no início deste ano, em Paris, estava jogando o evento pela 13ª vez
Uma séria lesão o deixou fora do Campeonato Mundial de Equipes, em Moscou, em 2010. Durante praticamente dois anos teve que ficar afastado das mesas se recuperando e chegou inclusive a pensar que não voltaria mais a jogar em alto nível.
A lesão no pulso resultou em uma perda de forma compreensível e ele não foi indicado para a seletiva da América Latina para os Jogos Olímpicos de 2012, no aconteceu no Rio de Janeiro. Contudo, graças a experiência que possui, sentou-se ao lado da quadra como treinador, apoiando os amigos Gustavo Tsuboi e Hugo Hoyama, que acabaram conquistando as vagas para Londres.
Depois disso a vida melhorou para Thiago Monteiro. No domingo, dia 27 de maio de 2012, ele ganhou a Copa ITTF Latino-Americana, em San José, na Costa Rica. Com isso, se classificou para a Copa do Mundo masculina, no final do ano, na cidade inglesa de Liverpool. Na época , Thiago era nº124 do ranking mundial dos homens e, voltando de lesão , parecia não ter absolutamente nada a perder, sobretudo porque estava competindo em um torneio que reuniu os melhores atletas do planeta.
Na primeira fase, Thiago disputou a Copa Intercontinental. Todas as edições anteriores tinham sido vencidas por jogadores latino-americanos. Em 2009 o campeão foi Cazuo Matsumoto, em 2010 o argentino Liu Song levou a melhor e, em 2012, Gustavo Tsuboi. Impressionando os especialistas e provando ter recuperado a forma, Thiago conquistou o título com vitórias sobre o canadense Pierre-Luc Theriault, o egípcio Ahmed Saleh e o australiano William Henzell.
A volta por cima que conseguiu dar na competição da Costa Rica teve um efeito adicional sobre a carreira de Thiago Monteiro e foi determinante para sua convocação como o terceiro membro da equipe masculina brasileira para os Jogos de Londres. Thiago foi escolhido e ganhou o voto à frente de Cazuo Matsumoto, que tinha participado da seletiva. Assim como nos últimos nove meses de 2012, a boa forma continuou em 2013, desempenhando um papel vital no Campeonato Mundial de Equipes, em Guangzhou, em março.
Graças aos resultados que obteve, Thiago disputará pela terceira vez a Copa do Mundo masculina. Além de seu sucesso no Rio de Janeiro, em setembro de 2012, ele jogou em Hangzhou, em 2004, a única ocasião em que foram realizadas simultaneamente eventos de mulheres no mesmo local.
Foi nesse torneio, realizado no Estádio Linpu , Thiago causou sensação absoluta, vencendo o coreano Ryu Seungmin, que dois meses antes havia sido coroado campeão olímpico. Na época figurando na 117ª posição do ranking mundial, o brasileiro surpreendeu ao superar o segundo colocado.
— É o melhor jogador que eu já vi atuando na minha carreira. Eu bati o campeão olímpico — vibrou Thiago após a partida.
— Foi sensacional! Todo mundo aplaudiu e me apoiou. Isso aumentou a minha confiança , a atmosfera foi maravilhosa — completou.
A vitória de Thiago Monteiro, agora com 34 anos, foi uma das mais notáveis de todos os tempos obtidas por um jogador de fora os continentes da Ásia e Europa, e continua sendo uma das melhores performances.
Provavelmente, o único outro resultado que se pode comparar é a vitória registrada por Hugo Hoyama na Copa do Mundo de Perrier, em 1996 em Nîmes. Naquela ocasião, Hugo venceu o chinês Kong Linghui, na época campeão do mundo.
A vitória sobre o coreano foi a única conseguida por Thiago em 2004, mas ficou em um grupo bastante difícil, que além do coreano tinha também o lendário austríaco Werner Schlager e o sueco campeão mundial Jan Ove Waldner.
Certamente para o brasileiro, que disputou os últimos três Jogos Olímpicos, a vida não será fácil na próxima competição. Adversários difíceis o esperam, mas o Guerreiro Cearense está bem preparado e já mostrou ao mundo que tem condições de surpreender.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
Fonte: CBTM
A técnica e atleta Daniela Bassi chega a Jaú com mais duas importantes conquistas para a sua carreira; depois de faturar a prata no individual, o que também lhe rendeu o título de vice-campeã brasileira, Dani e Priscila Dias conquistaram o bronze na disputa de duplas.
já sabia o quanto seria difícil o Brasileiro; além de todas as dificuldades financeiras, esse campeonato é o palco tomado pelos melhores atletas do país… cheguei a reprimir o choro no jogo que valia mais que o pódio… valia também a bolsa atleta do Ministério de Esportes para 2014… Neste momento joguei pelo tudo ou nada e, Deus me abençoou. Foi o campeonato mais difícil da minha carreira como atleta. Eu gostaria de registrar aqui o mais profundo agradecimento a todos que me ajudaram a caminhar até o final ”, desabafa Dani.
