A seleção brasileira de tênis de mesa encerrou na manhã desta sexta-feira (7) sua preparação para as disputas individuais dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá. Na reta final, foram cinco dias de atividades no local de competição – o que, para os atletas, será fundamental para começar o torneio já em ritmo intenso.
“Essa aclimatação e a convivência com o local de jogo são muito importantes. No primeiro dia, ficamos um pouco cansados por conta da viagem, mas já estamos nos sentindo muito bem, confiantes de que tudo de melhor deve acontecer nos próximos dias”, afirmou Paulo Salmin, prata individual e ouro por equipes na Classe 7 do Parapan de Guadalajara, no México, em 2011.
Durante o período de aclimatação em Toronto, a seleção teve sempre dois períodos de atividades: um na mesa, no ginásio de competição, e outro na academia, para finalizar a preparação física. O planejamento foi pensado para que os atletas já se sentissem “em casa” desde o início das disputas.
“Primeiro, é muito bom para entrarmos no clima, para nos acostumarmos às mesas, aos espaços. A mudança de bolinha é importante, também. Temos de nos acostumar ao tempo de bola, é algo que faz diferença”, avaliou Alexandre Ank, atual campeão (individual e por equipes) do Parapan na Classe 4.
Um dos quatro técnicos que acompanha a seleção paralímpica em Toronto, Alexandre Ghizi destacou ainda o peso motivacional desta reta final para os atletas.
“Os dias de adaptação estão sendo muito produtivos. Esse período é importante também na parte psicológica. Os trabalhos técnicos e físicos estão sendo feitos diariamente com o objetivo de manter a preparação e soltar os jogadores para que comecem com confiança os jogos”, disse o treinador, lembrando ainda a possibilidade de ajustes técnicos.
“O pessoal está bem preparado, mas sempre podemos lembrar, reforçar e acertar alguns detalhes”, completar.
Satisfeitos com a estrutura que encontraram, os atletas já estão à vontade no local de competição.
“Os primeiros dias são mais para reconhecer o ambiente, usar a mesa e o piso de jogo. Sentir como vai ser a estrutura. É um glamour jogar o Parapan. O ginásio é bonito, tem uma estrutura legal. Dá para ficar impressionado com de cara. Esses primeiros treinos nos deixam acostumados com tudo isso”, finalizou Israel Stroh, da Classe 9.
Seleção no Parapan
A seleção brasileira conta com 28 atletas em Toronto. Destes, 15 treinam diariamente com as equipes permanentes: Cátia Oliveira (Classe 2), Joyce Oliveira (4), Jennyfer Parinos (9) e Danielle Rauen (9), no feminino, e Aloisio Lima (1), Bruno Braga (1), Guilherme Costa (2), Ronaldo Souza (2), Iranildo Espíndola (2), Claudiomiro Segatto (5), Israel Stroh (7), Paulo Salmin (7), Luiz Manara (8), Diego Moreira (9) e Carlos Carbinatti (10), no masculino.
A eles, se juntaram outros 13 convocados por seletiva ou indicação técnica: Thais Severo (3), Maria Luiza Passos (5), David Freitas (3), Welder Knaf (3), Jorcerley Moreira (3), Alexandre Ank (4), Eziquiel Babes (4), Ivanildo Freitas (4), Carlo di Franco (6), Luiz Medina, o Kaíque (6), Erick Higa (9), Claudio Massad (10) e Lucas Maciel (11).
Os brasileiros iniciarão sua participação no Parapan neste sábado (8), com os torneios individuais, que classificarão os campeões para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. As finais estão marcadas para segunda-feira (10).
Na terça (11), os atletas já começam as disputas por equipes, que irão até quinta (13).
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.